Preguiça Mental
A língua da internet tem sofrido variadas modificações, desde que ela foi criada, nos tempos do modem 2800. Ocorreu uma contínua retração do português, em prol da escrita rápida e preguiçosa.
Preguiçosa, sim. Porque quem "iXcREvi AxIM" não é mais do que um preguiçoso.
Isso ocorreu, basicamente entre as gerações de 85 em diante. "Mas em 85 nem tinha computador", você irá dizer e "Deixa eu terminar meu raciocínio, sua anta", eu vou lhe responder. Há uma margem que eu chamo de "margem de transformação", que compreende aqueles indivíduos que tanto escrevem corretamente como escrevem pérolas que nem os antigos egípcios e seus hieroglifos conseguem superar. Essa margem, a meu ver, compreende os nascidos entre 85 e 87.
Aonde eu quero chegar com isso? Bem, o sistema de informações e pesquisas sofreu um avanço em largas escalas durante a década de 90. As pessoas começaram a migrar das bibliotecas para as casas e, assim, começaram a adquirir conhecimento pela internet.
Pra ilustrar melhor o meu raciocínio, segue um exemplo: eu sabia exatamente em quais volumes da Barsa procurar os itens que eu queria, de cor, e COPIAVA as coisas mais relevantes para o meu caderno. Hoje em dia, pergunte quem conhece a Barsa e quem conhece o Almanaque Abril e verá estatísticas, no mínimo, alarmantes.
Com essa migração das pesquisas das bibliotecas para as casas, os pobres jovens começaram a sofrer mudanças na sua mentalidade. Surgiu, então, as poderosas ferramentas de busca e, com elas, a sociedade do "Ctrl + C, Ctrl + V", fácil, simples e rápida. A partir desse momento, ninguém mais quer ler livros; basta pegar um resumo na internet, ler e fazer a prova na escola, no dia seguinte. E, assim, a população foi ficando cada vez mais preguiçosa e a leitura de obras de autores como Machado de Assis, Edgar Alan Poe e outros, ficou cada vez mais entediante e cansativo.
Soma-se isso com a sociedade da televisão e pronto. Temos o resultado esperado: menininhas que sabem o que aconteceu entre os personagens de malhação, mas nunca ouviram falar de Quincas Berro d'Água.
Abre Parênteses
Veja bem, eu estou falando que todos os preguiçosos assistem malhação, mas que nem todos que assistem malhação são preguiçosos. Inclusive há pessoas que lêem livros o dia inteiro, e pausam somente na hora desse programinha sem sentido com ninfetas peitudinhas que não sabem o que é cerveja e...bem, deixa pra lá.
Fecha Parênteses
Atualmente, não tenho dúvidas em afirmar que toda a população brasileira entre 5 e 18 anos e que tem acesso à internet é suspeita de "iXcREvEr AxIM". Mas não julguem pela escrita; no final, é só preguiça de ter um pouquinho mais de cultura.
Preguiçosa, sim. Porque quem "iXcREvi AxIM" não é mais do que um preguiçoso.
Isso ocorreu, basicamente entre as gerações de 85 em diante. "Mas em 85 nem tinha computador", você irá dizer e "Deixa eu terminar meu raciocínio, sua anta", eu vou lhe responder. Há uma margem que eu chamo de "margem de transformação", que compreende aqueles indivíduos que tanto escrevem corretamente como escrevem pérolas que nem os antigos egípcios e seus hieroglifos conseguem superar. Essa margem, a meu ver, compreende os nascidos entre 85 e 87.
Aonde eu quero chegar com isso? Bem, o sistema de informações e pesquisas sofreu um avanço em largas escalas durante a década de 90. As pessoas começaram a migrar das bibliotecas para as casas e, assim, começaram a adquirir conhecimento pela internet.
Pra ilustrar melhor o meu raciocínio, segue um exemplo: eu sabia exatamente em quais volumes da Barsa procurar os itens que eu queria, de cor, e COPIAVA as coisas mais relevantes para o meu caderno. Hoje em dia, pergunte quem conhece a Barsa e quem conhece o Almanaque Abril e verá estatísticas, no mínimo, alarmantes.
Com essa migração das pesquisas das bibliotecas para as casas, os pobres jovens começaram a sofrer mudanças na sua mentalidade. Surgiu, então, as poderosas ferramentas de busca e, com elas, a sociedade do "Ctrl + C, Ctrl + V", fácil, simples e rápida. A partir desse momento, ninguém mais quer ler livros; basta pegar um resumo na internet, ler e fazer a prova na escola, no dia seguinte. E, assim, a população foi ficando cada vez mais preguiçosa e a leitura de obras de autores como Machado de Assis, Edgar Alan Poe e outros, ficou cada vez mais entediante e cansativo.
Soma-se isso com a sociedade da televisão e pronto. Temos o resultado esperado: menininhas que sabem o que aconteceu entre os personagens de malhação, mas nunca ouviram falar de Quincas Berro d'Água.
Abre Parênteses
Veja bem, eu estou falando que todos os preguiçosos assistem malhação, mas que nem todos que assistem malhação são preguiçosos. Inclusive há pessoas que lêem livros o dia inteiro, e pausam somente na hora desse programinha sem sentido com ninfetas peitudinhas que não sabem o que é cerveja e...bem, deixa pra lá.
Fecha Parênteses
Atualmente, não tenho dúvidas em afirmar que toda a população brasileira entre 5 e 18 anos e que tem acesso à internet é suspeita de "iXcREvEr AxIM". Mas não julguem pela escrita; no final, é só preguiça de ter um pouquinho mais de cultura.
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