Sobre o 2º/2004

Esse post se dedica basicamente à fazer uma breve avaliação do que foi esse último semestre na minha vida. É algo pessoal, que não vai fazer a menor diferença para você. Então deixemos claro que você, leitor, tem o total direito de desprezar o que eu vou escrever a partir de agora.

Sempre disse que blogs são feitos para se apresentar idéias ou opiniões sobre determinadas coisas. Porque a vida alheia não é algo que realmente vá fazer alguma diferença no meu futuro. Mas, de vez em quando, é necessário desabafar, mesmo que seja para o branco do papel. Para mim, funciona como um tipo de terapia.

Foi um semestre anormal, como foram os anteriores. Eu costumo a dizer que minha vida funciona como uma daquelas balanças antigas: Se de um lado a vida acadêmica vai muito bem obrigado, a vida pessoal (relacionamentos, família, dinheiro) é uma merda. Se a vida pessoal é uma maravilha, vou mal na faculdade. E longe de mim querer dizer que isso só acontece comigo, que eu sou algum tipo de “escolhido por Deus para se foder na vida”, porque, sinceramente, eu odeio gente que faz drama. E, cara, como eu odeio gente que faz drama.

Mas é assim que funciona comigo. Eu simplesmente não consigo empregar todos os meus esforços para os dois lados. Mesmo porque são coisas árduas, que exigem empenho exclusivo. Então, se eu caguei para você nesse semestre, é porque eu tava indo bem na universidade. Sinta-se feliz por ter me feito tirar boas notas.

Aliás, é bem verdade que minha vida amorosa foi permeada de decepções nesse semestre. Faltou senso crítico para saber a quem dar os sentimentos que eu cultivei todos esses anos. Porque eu sou um cara romântico sim, e o único problema que eu tenho com isso é não ser correspondido. E isso machuca pra caralho, não tenha dúvidas. Até cheguei a me questionar se valia realmente a pena tratar bem esses seres capciosos que são as mulheres. Mas é fato que eu ainda sou um bunda mole que não tem a mínima aptidão para destratá-las e, provavelmente, vou acabar por continuar a quebrar a minha cara constantemente.

Acabei por terminar esse semestre de um jeito que nunca havia antes: em posição de isolamento. Posição perfeita para começar a reorganizar minha vida e dedicar algum tempo para o Thiago aqui. Porque já faz algum tempo que não deixo ele sair para ver um pouco da luz solar.

Apesar de tudo, ainda me causa um pouco de depressão pensar que eu vou ter que passar as férias nessa cidade merda. Que não vou ter aquele tempo para ficar à toa em João Pinheiro, por exemplo, como fiz em janeiro passado. Que não vou ter espaço para planejar aquelas 1001 viagens. Mas há males que vem para o bem, afinal.

Quem sabe no próximo ano eu não pense novamente em me dedicar ao amor? E, dessa vez, pode até ser que não fique apenas nas promessas de fim de ano :)