Estupidez
Inevitavelmente, a estupidez dos homens é a força motriz que governa a entropia destruidora ou construtiva nas sociedades. E isso não é um mal contemporâneo: ao contrário, já é algo que acompanha as relações humanas desde a descida das árvores e, provavelmente, das primeiras tribos nômades.
Carlo M. Cipolla, professor de economia da Universidade da Califórnia - Berkeley, publicou um estudo em que afirma que existem 5 leis universais sobre a estupidez humana, sendo elas:
1) Sempre e invariavelmente, todos os homens subestimam o número de indivíduos estúpidos em circulação.
Parece uma afirmação vaga, trivial e muito perigosa, talvez até beirando a insanidade. Contudo, se você analisar o seu cotidiano, vai perceber que a) uma grande parcela das pessoas que você considerava racional, mostra-se completamente estúpida e b) diariamente, uma pessoa é interrompida em suas atividades por pessoas estúpidas que aparecem de repente e sem nenhuma previsão, nos lugares mais inconvenientes e nas piores horas. O fato é que, devido à essa imprevisibilidade, a proporção de pessoas estúpidas é inquantificável (mesmo porque há uma variação de comportamento no final, mesmo que as pessoas estúpidas são estúpidas por natureza). Uma sociedade não é destruída ou construída, pobre ou rica, pela quantidade de pessoas estúpidas, e sim pela forma que essas pessoas são possibilitadas de agir e como as não-estúpidas reagem para se recuperar dos danos.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja estúpida independe de suas características.
Como eu disse anteriormente (e que consta no estudo), as pessoas não se transformam em estúpidas ou deixam de ser estúpidas com o passar do tempo; a educação não tem nada a ver com isso. Existe uma quantidade "x" de pessoas estúpidas tanto entre os operários quanto entre os executivos, os professores e, pasmem, até entre os ganhadores do Nobel. Como a proporção é inquantificável, deduz-se que o papel da educação na estupidez é nulo.
Além disso, independente da religião, cor, ou país de origem, as forças naturais é que governam a proporção de estúpidos/não-estúpidos dentro da sociedade. Uma pessoa nasce estúpida e desenvolve a sua estupidez durante sua criação, podendo ser mais ou menos dependendo da forma com que é criada.
3) Uma pessoa estúpida é aquela que causa danos para outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que ganhe nada ou até que perca algo com isso.
Existem 4 tipos de pessoas, no geral: as caridosas, as inteligentes, as bandidas e as estúpidas.
Se Alberto pratica uma ação em que sofre uma perda enquanto produz um ganho para Rafael, ela é uma pessoa caridosa (doações para instituições ou o simples ato de pagar toda a conta em um restaurante podem ser citados como exemplo). Se Alberto pratica uma ação em que produz ganhos tanto para ele como para Rafael, então ele agiu como uma pessoa inteligente. Se Alberto pratica uma ação em que ele ganha enquanto Rafael perde, então ele é uma pessoa bandida. A estupidez é a reafirmação da lei supra mencionada.
Pessoas racionais tendem a ter dificuldades para entender o comportamento irracional de alguns indivíduos. Mas, partindo para a prática, observamos no nosso cotidiano pessoas que tendem a produzir ganhos, ocasionando perdas para outras pessoas: lidamos com um bandido. Também observamos pessoas que perdem enquanto produzem ganhos para outras: lidamos com caridosos. Existem, também, pessoas que produzem ganhos para si e para todos os outros, que seriam as inteligentes. Esses casos ocorrem de fato; mas, se você pensar um pouquinho, vai perceber que isso não ocorre tão frenqüentemente quanto pensa (mesmo que a televisão insista em noticiar). O que pode-se notar é que a vida cotidiana é, em sua maioria, feita por perdas de dinheiro e/ou tempo e/ou saúde e/ou energia e/ou ânimo e/ou apetite e/ou sono, devido às atitudes improváveis de inescrupulosas criaturas que não tem nada a ganhar (e de fato não ganham) nos causando vergonha, humilhação, dificuldades ou dor. Ninguém sabe, entende ou consegue explicar porque diabos essa pessoa faz o que faz. Não há outra explicação: essa pessoa é estúpida.
Pessoas não costumam a agir consistentemente. Em algumas circunstâncias, algumas pessoas agem inteligentemente e, em outras, agem caridosamente. A única excessão para essa regra é das pessoas estúpidas, que mostram grande produtividade e consistência em suas ações.
4) As pessoas não-estúpidas menosprezam o poder destrutivo das pessoas estúpidas, e esquecem-se de que em qualquer lugar, qualquer hora e sob qualquer circunstância, se associar a um estúpido acaba por ser um erro muito caro.
As pessoas caridosas geralmente não observam como as estúpidas destroem e corroem os relacionamentos: isso é uma falha natural e inerente delas. O incrível é que até as inteligentes e as bandidas não reconhecem esse poder. Elas tentam, de toda forma, manipular essas pessoas por se julgarem superiores (e de fato são); todavia, quando percebem o erro, já é tarde demais, e as conseqüências, inimagináveis. Associar-se a um estúpido dá total margem de ação para ele.
Durante séculos, essa lei foi desprezada, causando incomparáveis perdas para a humanidade.
5) As pessoas estúpidas são as mais perigosas.
São mais perigosas, inclusive, do que os bandidos. Os bandidos perfeitos são aqueles que apenas transferem quantias. Eles ganham 100, você perde 100. Se todos fossem bandidos perfeitos, a humanidade estaria estagnada.
Mas com as estúpidas são diferentes. Ah, e como são. Como eu disse, as pessoas estúpidas são aquelas que provocam perdas nas outras pessoas sem que ganhem nada com isso (e até percam), sendo essa a terceira lei. Portanto, se agirem livremente, acabam por causar um comportamento destrutivo dentro de um país. De fato, se um país ou sociedade está em ascensão, isso significa dizer que a parcela "x" da população que é considerada estúpida provoca menos danos do que a população não-estúpida ganha. Ao contrário, quando uma sociedade está em declínio, podemos dizer que a população não-estúpida facilita a ação da parcela estúpida, acabando por gerar um comportamento destrutivo e mandar toda a nação para o fundo do poço.
Isso tudo é aplicável não somente para a politicagem, ou a economia. Se você parar para analisar, é bem provável que você encontre isso dentro de casa, ou nos seus relacionamentos amorosos. Infelizmente, quando você percebe, já é tarde demais.
Carlo M. Cipolla, professor de economia da Universidade da Califórnia - Berkeley, publicou um estudo em que afirma que existem 5 leis universais sobre a estupidez humana, sendo elas:
1) Sempre e invariavelmente, todos os homens subestimam o número de indivíduos estúpidos em circulação.
Parece uma afirmação vaga, trivial e muito perigosa, talvez até beirando a insanidade. Contudo, se você analisar o seu cotidiano, vai perceber que a) uma grande parcela das pessoas que você considerava racional, mostra-se completamente estúpida e b) diariamente, uma pessoa é interrompida em suas atividades por pessoas estúpidas que aparecem de repente e sem nenhuma previsão, nos lugares mais inconvenientes e nas piores horas. O fato é que, devido à essa imprevisibilidade, a proporção de pessoas estúpidas é inquantificável (mesmo porque há uma variação de comportamento no final, mesmo que as pessoas estúpidas são estúpidas por natureza). Uma sociedade não é destruída ou construída, pobre ou rica, pela quantidade de pessoas estúpidas, e sim pela forma que essas pessoas são possibilitadas de agir e como as não-estúpidas reagem para se recuperar dos danos.
2) A probabilidade de que uma pessoa seja estúpida independe de suas características.
Como eu disse anteriormente (e que consta no estudo), as pessoas não se transformam em estúpidas ou deixam de ser estúpidas com o passar do tempo; a educação não tem nada a ver com isso. Existe uma quantidade "x" de pessoas estúpidas tanto entre os operários quanto entre os executivos, os professores e, pasmem, até entre os ganhadores do Nobel. Como a proporção é inquantificável, deduz-se que o papel da educação na estupidez é nulo.
Além disso, independente da religião, cor, ou país de origem, as forças naturais é que governam a proporção de estúpidos/não-estúpidos dentro da sociedade. Uma pessoa nasce estúpida e desenvolve a sua estupidez durante sua criação, podendo ser mais ou menos dependendo da forma com que é criada.
3) Uma pessoa estúpida é aquela que causa danos para outra pessoa ou grupo de pessoas, sem que ganhe nada ou até que perca algo com isso.
Existem 4 tipos de pessoas, no geral: as caridosas, as inteligentes, as bandidas e as estúpidas.
Se Alberto pratica uma ação em que sofre uma perda enquanto produz um ganho para Rafael, ela é uma pessoa caridosa (doações para instituições ou o simples ato de pagar toda a conta em um restaurante podem ser citados como exemplo). Se Alberto pratica uma ação em que produz ganhos tanto para ele como para Rafael, então ele agiu como uma pessoa inteligente. Se Alberto pratica uma ação em que ele ganha enquanto Rafael perde, então ele é uma pessoa bandida. A estupidez é a reafirmação da lei supra mencionada.
Pessoas racionais tendem a ter dificuldades para entender o comportamento irracional de alguns indivíduos. Mas, partindo para a prática, observamos no nosso cotidiano pessoas que tendem a produzir ganhos, ocasionando perdas para outras pessoas: lidamos com um bandido. Também observamos pessoas que perdem enquanto produzem ganhos para outras: lidamos com caridosos. Existem, também, pessoas que produzem ganhos para si e para todos os outros, que seriam as inteligentes. Esses casos ocorrem de fato; mas, se você pensar um pouquinho, vai perceber que isso não ocorre tão frenqüentemente quanto pensa (mesmo que a televisão insista em noticiar). O que pode-se notar é que a vida cotidiana é, em sua maioria, feita por perdas de dinheiro e/ou tempo e/ou saúde e/ou energia e/ou ânimo e/ou apetite e/ou sono, devido às atitudes improváveis de inescrupulosas criaturas que não tem nada a ganhar (e de fato não ganham) nos causando vergonha, humilhação, dificuldades ou dor. Ninguém sabe, entende ou consegue explicar porque diabos essa pessoa faz o que faz. Não há outra explicação: essa pessoa é estúpida.
Pessoas não costumam a agir consistentemente. Em algumas circunstâncias, algumas pessoas agem inteligentemente e, em outras, agem caridosamente. A única excessão para essa regra é das pessoas estúpidas, que mostram grande produtividade e consistência em suas ações.
4) As pessoas não-estúpidas menosprezam o poder destrutivo das pessoas estúpidas, e esquecem-se de que em qualquer lugar, qualquer hora e sob qualquer circunstância, se associar a um estúpido acaba por ser um erro muito caro.
As pessoas caridosas geralmente não observam como as estúpidas destroem e corroem os relacionamentos: isso é uma falha natural e inerente delas. O incrível é que até as inteligentes e as bandidas não reconhecem esse poder. Elas tentam, de toda forma, manipular essas pessoas por se julgarem superiores (e de fato são); todavia, quando percebem o erro, já é tarde demais, e as conseqüências, inimagináveis. Associar-se a um estúpido dá total margem de ação para ele.
Durante séculos, essa lei foi desprezada, causando incomparáveis perdas para a humanidade.
5) As pessoas estúpidas são as mais perigosas.
São mais perigosas, inclusive, do que os bandidos. Os bandidos perfeitos são aqueles que apenas transferem quantias. Eles ganham 100, você perde 100. Se todos fossem bandidos perfeitos, a humanidade estaria estagnada.
Mas com as estúpidas são diferentes. Ah, e como são. Como eu disse, as pessoas estúpidas são aquelas que provocam perdas nas outras pessoas sem que ganhem nada com isso (e até percam), sendo essa a terceira lei. Portanto, se agirem livremente, acabam por causar um comportamento destrutivo dentro de um país. De fato, se um país ou sociedade está em ascensão, isso significa dizer que a parcela "x" da população que é considerada estúpida provoca menos danos do que a população não-estúpida ganha. Ao contrário, quando uma sociedade está em declínio, podemos dizer que a população não-estúpida facilita a ação da parcela estúpida, acabando por gerar um comportamento destrutivo e mandar toda a nação para o fundo do poço.
Isso tudo é aplicável não somente para a politicagem, ou a economia. Se você parar para analisar, é bem provável que você encontre isso dentro de casa, ou nos seus relacionamentos amorosos. Infelizmente, quando você percebe, já é tarde demais.
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